Foto de  Elias Tigiser

José carregava uma grande responsabilidade. A incumbência que Deus lhe deu foi casar-se com Maria e cuidar dela e de seu filho, o próprio filho de Deus, Jesus. Deus confirmou isso a José através de um sonho que lemos em Mateus 1. Foi dito a ele “não tenha medo” para fazer essas coisas. O Espírito Santo estava trabalhando. Deus tinha um plano. A autoridade de José veio Dele e tudo que José teve que fazer foi ouvir e obedecer.

A esse ponto de suas vidas, José, Maria e Jesus viviam em Belém, uma pequena aldeia sem muros, a poucos quilômetros à sul de Jerusalém. Herodes, o Grande, estava governando. Ao que tudo indica, ele era um político e administrador talentoso; no entanto, ele era cruel, violento e tinha acessos de paranoia se algo ou alguém ameaçasse seu poder ou posição. Até este ponto, a família de José estava segura devido ao seu anonimato e obscuridade.

Então, os reis magos vieram fazer uma visita. Deus guiou este grupo de astrônomos de uma forma que eles pudessem compreender – através de um fenômeno astronômico, um sinal especificamente criado a que comumente nos referimos como uma estrela. Quando chegaram a Jerusalém, esperavam encontrar respostas, mas o que encontraram foram mais perguntas. Depois de falar ao rei e aos líderes religiosos, Deus forneceu orientação adicional ao fazer com que a estrela reaparecesse de forma sobrenatural e os conduziu a Belém, onde finalmente encontraram o Messias esperado.

A chegada de um grande grupo de estrangeiros a uma cidade com menos de 100 habitantes causaria confusão. “Quem eram eles?” “Por que eles estavam lá?” “O que eles queriam?” Não teria sido um evento tranquilo. Em pouco tempo, todos saberiam. Esses impressionantes dignitários vieram e se curvaram diante do menino Jesus. Eles o nomearam Rei, O adoraram e Lhe deram presentes caros. Ele foi recebido como o cumprimento da profecia: “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6). Não havia mais anonimato.

José estava absorto na alegria do momento, com o olhar fixo na provisão de Deus, ou havia um medo subjacente mesmo enquanto os magos adoravam? O perigo já estava aparente? Sua responsabilidade estava pesando sobre ele? Quando os magos partiram, José já estava pensando no que deveriam fazer a seguir? Podemos apenas adivinhar o que José poderia ter pensado ou sentido, mas podemos ter certeza de que Deus sabia exatamente o estado do seu coração.

Deus se comunicou claramente com José através de um sonho. Quando os sábios vieram pela primeira vez perguntando: “Onde está aquele que acabou de nascer rei dos judeus?” O rei Herodes ficou perturbado; ele se sentiu inseguro. No entanto, agora, havia perigo real. Agora, Herodes planejou uma busca. Agora, Herodes não queria nada mais do que matar a criança. A ameaça era iminente, Deus disse a José o que Herodes havia proposto em seu coração e deu a José instruções específicas para fugir da ameaça, “fugir para o Egito”. Novamente, o Espírito Santo estava trabalhando. Deus tinha um plano. A autoridade de José veio Dele e tudo que José teve que fazer foi ouvir e obedecer.

Nosso Deus é o Deus Soberano (Colossenses 1.16). Descrevê-Lo assim é reconhecer Suas qualidades inigualável. Ele é a autoridade suprema sobre todo o governo humano. Herodes, o Grande, não era maior que o Único Deus Verdadeiro. A própria criação se curva à Sua vontade. A estrela conduziu os magos diretamente para onde Deus queria que eles fossem, quando Ele queria que eles fossem para lá. A história dele é A história. A vida que Ele orquestrou para Seu filho cumpriu a profecia e trouxe glória ao Seu nome em cada passo do caminho – desde a infância até a morte e além.

Nosso Deus é o Provedor Perfeito (Mateus 7.11). José não sabia da intenção de Herodes de matar Jesus. Deus lhe deu esse conhecimento. José não sabia o melhor lugar para fugir. Deus o direcionou para o Egito. José não tinha meios para viajar. Deus deu-lhe os presentes dos sábios. José não sabia quanto tempo ficaria no Egito. Deus deu-lhe a certeza de Sua direção adicional. Deus fornece através de Sua presença, Seu poder e Seu povo conhecimento, direção, meios, segurança e muito mais, empregando métodos comuns e extraordinários nos momentos certos.

Nosso Deus é vitorioso (1Co 15.57). O mal não O surpreende. A maldade não pode se aproximar Dele. Ele conhece todos os projetos e propósitos cruéis dos inimigos de Sua igreja, mas eles não têm a última palavra. A cruz sempre foi o objetivo, o foco e o meio pelo qual Deus derrota todos os Seus inimigos. Jesus submeteu-se humildemente ao plano do Seu Pai; Seu sofrimento, que começou na infância, tinha um propósito. Jesus glorificou o Pai ao realizar a obra que Lhe foi confiada (João 17.1-4).

Deus é a minha salvação;

terei confiança e não temerei.

O Senhor, sim, o Senhor é a minha força e o meu cântico;

 ele é a minha salvação! (Isaías 12:2)

Deus Pai, Seu poder e presença são tremendos. Sua grandeza e bondade estão além da imaginação. O fato de Tu cuidares de nós em nosso sofrimento como cuidou de Teu filho é impressionante. Dê-nos olhos para ver a Ti trabalhando em nossas vidas. Frustre os esquemas do inimigo. Dê-nos ouvidos para ouvir Te falar palavras de conforto e direção. Dê-nos corações rápidos para nos submeter e obedecer. Que nossas ações e reações tragam glória ao Teu nome. Que venha o Teu Reino; Que seja feita a Tua vontade. Amém

Stacy Frith is a contributive writer