Grupos extremistas em Karnataka, na Índia, emitiram queixas contra o uso da Bíblia em uma prisão e em uma escola Cristã.

Um visitante de uma prisão no distrito de Gadag, no norte de Karnataka, afirma ter encontrado uma Bíblia na cela de um prisioneiro não Cristão. A suposta descoberta levou a pedidos de proibição da entrada de capelães Cristãos que fazem visitas às prisões em todo o estado.

Os extremistas também alegaram que uma escola Cristã em Bengaluru (Bangalore) está forçando alunos não Cristãos a ler a Bíblia.

Clarence High School, fundada em 1914, é uma escola Cristã na qual os pais concordam que seus filhos recebam instruções da Bíblia [Crédito da imagem: Clarence High School]

Agora, como resultado das alegações, a escola está sob investigação pelo Departamento de Educação de Karnataka.

A Clarence High School, no entanto, nega que os alunos sejam forçados a estudar a Bíblia contra sua vontade. O consentimento para o estudo Bíblico é obtido dos pais ou responsáveis quando as crianças ingressam na escola.

O Diretor da escola, Jaideep George, argumentou que essa política é totalmente ilegal, acrescentando, “É nosso compromisso que não violaremos a lei do país.”

“Este não é um problema levantado esta semana, uma vez que os estudos Bíblicos fazem parte das atividades da escola há décadas,” explicou Soham Pablo Banerjee, ex-aluno da escola. “Qualquer aluno que ingresse na escola se inscreve no projeto. Eles não são obrigados a assinar.”

Após a descoberta da Bíblia na prisão de Gadag, extremistas alertaram a polícia local e exigiram a suspensão imediata das visitas de todos os capelães Cristãos no estado. Os queixosos alegam que os visitantes Cristãos na prisão estavam tentando converter os prisioneiros.

Sete Cristãos visitaram a prisão no dia 12 de março para orar com os prisioneiros e distribuir cópias do Novo Testamento.

A afirmação dos extremistas de que os visitantes Cristãos não deveriam ser autorizados a distribuir textos religiosos foi contestada pelos líderes Cristãos, alegando que outras literaturas religiosas são frequentemente distribuídas nas prisões.

Atividade Cristã sendo monitorada de perto

O Projeto de Lei de Proteção de Direito à Liberdade de Religião de Karnataka – comumente referido como uma lei anti-conversão – foi aprovado pela câmara baixa da legislatura estadual em dezembro de 2021, mas ainda não foi aprovado no tribunal superior.

Caso seja aprovada, a legislação proibirá a tentativa de solicitar conversões religiosas pela força, fraude, aliciamento ou casamento. As proibições não se aplicam à distribuição de Bíblias a não Cristãos onde não há evidências de uso de tais meios.

Os contatos do Barnabas confirmam que, à luz desta legislação, toda a atividade Cristã está sendo monitorada de perto. Embora a implementação de leis anti-conversão seja uma maneira compreensível de prevenir fraudes e abusos, elas podem criar problemas para os Cristãos que só querem praticar sua fé em paz.

Os contatos do Barnabas confirmam que, à luz desta legislação, toda a atividade Cristã está sendo monitorada de perto. Embora a implementação de leis anti-conversão seja uma maneira compreensível de prevenir fraudes e abusos, elas podem criar problemas para os Cristãos que só querem praticar sua fé em paz.

Ao se recusar a realizar uma audiência para a petição, a bancada de dois juízes da Suprema Corte declarou, “Vocês realmente estão perturbando a harmonia com esses tipos de petições.”

A decisão chegou no momento em que o governo do Primeiro Ministro Narendra Modi organizava novas reuniões com representantes da comunidade Cristã para discutir as contínuas preocupações sobre a violência contra Cristãos e o uso indevido das leis anti-conversões.

Ore para que os grupos extremistas na Índia não consigam reprimir os Cristãos e outras minorias religiosas. Agradeça pelo compromisso com a Liberdade religiosa demonstrado pelo governo Indiano. Peça para que Deus conceda aos líderes Cristãos no estado de Karnataka sabedoria para continuarem seu trabalho dentro da estrutura constitucional, e que Ele tire o medo deles mesmo que sejam estritamente monitorados.