A Turquia deportou 78 pastores Protestantes estrangeiros e suas famílias desde o início de 2019, de acordo com um relatório da Associação das Igrejas Protestantes na Turquia.

Este número inclui 35 pastores em 2019, 30 em 2020 e mais 13 em 2021. “Muitas congregações foram deixadas em apuros,” diz o relatório.

Alguns dos pastores foram deportados por motivos de segurança nacional, tendo atividades missionárias ou participação em uma conferência ou reunião Cristã como exemplos de ações que ameaçam a segurança da Turquia.

Em fevereiro de 2021, Michael Feulner, um pastor da Alemanha que trabalhava na Turquia a mais de 20 anos, foi preso e ameaçado de deportação por motivos de segurança nacional [Crédito da imagem: ME Concern]

A maioria das deportações usou um procedimento chamado Código N82, que impede que estrangeiros entrem na Turquia sem obter permissão prévia.

Embora isso por si só não leve à deportação, explica o relatório, “na prática, todos aqueles que foram vítimas desta situação e solicitaram visto tiveram esses pedidos negados.”

Algumas das deportações se basearam no Código C87, se referindo a indivíduos considerados pelas autoridades Turcas como um risco para a segurança.

“Isso nos feriu profundamente, assim como aos que foram acusados com tais códigos,” continuou o relatório, “o fato de que em nosso país este código esteja sendo usado sem qualquer evidência contra membros da comunidade Protestante que estão focados em viver sua fé, que se opõem à violência e que não tem antecedentes criminais”.

Um pastor que não quis se identificar comentou, “Não somos de forma alguma uma ameaça à segurança da Turquia. Estamos sujeitos a este tratamento só porque somos Cristãos. Argumentamos no Tribunal Constitucional que isso é uma violação da liberdade de religião.”

O relatório acrescentou que, em processos judiciais, as autoridades Turcas alegaram que as atividades missionárias e a participação em uma conferência da Associação de Igrejas Protestantes constituem preocupações de segurança.

Em alguns casos, os recursos ao tribunal foram bem-sucedidos, continua o relatório, mas nesses casos as autoridades Turcas “não implementaram as decisões judiciais e iniciaram o processo de litígio novamente”.

Enquanto as igrejas Protestante da Turquia têm aumentando o número de líderes Turcos na igreja, muitas congregações ainda dependem de pastores estrangeiros.

A repressão às minorias religiosas está aumentando na Turquia, que é pelo menos 99% Muçulmana. Embora a Turquia permaneça tecnicamente como um estado laico, a população Cristã, que inclui um pequeno número de convertidos do Islã, continua sendo tratada como inferior à maioria Muçulmana.

Ore pelos pastores e suas famílias que foram deportados ou que estão perante deportação, para que o Senhor os fortaleça neste tempo de provação. Peça que os esforços para formar pastores turcos e líderes da igreja sejam bem sucedidos.