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Um dos pintores contemporâneos mais conhecidos da Escócia é um Cristão chamado Nael Hanna, originário do Iraque. Seu talento dado por Deus é incrível, as imagens que ele produz são lindas, mas para mim a coisa mais maravilhosa sobre meu amigo Nael é que ele viu Jesus. Não uma, mas três vezes. As duas primeiras vezes foram no Iraque quando, ainda muito jovem, foi gravemente ferido na guerra Irã-Iraque e esteve perto da morte. A terceira vez foi mais recentemente, tarde da noite na sua casa na Escócia. Nael estava sofrendo de uma gota terrivelmente dolorosa e clamou Jesus para ajudá-lo. Jesus apareceu a ele, tocou e curou seu pé e pediu a ele que contasse a história a outros.

Sua última palavra a Nael foi “Shlomo”, a palavra Aramaica para “integridade, paz e bem-estar”. Foi a mesma que Jesus ressuscitado deu aos Seus discípulos.

Logo depois desta experiência, Nael fez um pequeno esboço de Jesus, que parecia o mesmo em cada uma das três ocasiões, com cabelos escuros, olhos escuros e roupa branca. Nael decidiu em seu coração que um dia ele iria transformar o esboço em uma pintura adequada e depois de alguns anos (e algum incentivo de minha parte) ele o fez.

Ver Jesus nesta vida terrena é uma bênção rara. Mais frequentemente, encontraremos anjos, que vêm como mensageiros da corte celestial, enviados pelo Senhor para levar Suas palavras.

Quando Moisés encontrou o Senhor na sarça ardente em Horebe, foi na verdade um anjo que falou as palavras de Deus (Êxodo 3:2-6). Quando Zacarias, o futuro pai de João Batista, questionou o anjo que lhe apareceu no templo, foi-lhe dito: “Sou Gabriel, o que está sempre na presença de Deus. Fui enviado para lhe transmitir estas boas novas.” (Lucas 1:19)

O anjo que contou aos pastores sobre o nascimento do Salvador começou explicando que ele estava especificamente trazendo notícias, “boas novas de grande alegria” (Lucas 2:10). Em outras palavras ele havia sido enviado a eles com uma mensagem. João nos diz que quando Deus deu a ele a revelação de Jesus Cristo, Ele a fez saber a João “enviou o seu anjo” (Apocalipse 1:1).

Os anjos podem fazer mais do que transmitir mensagens de Deus. Eles também podem cuidar de nós, ministrar, cuidar. Elias, exausto e com medo, foi para o deserto e orou para morrer, mas ali o Senhor enviou um anjo que não só proferiu palavras gentis de simpatia e compreensão a Elias, mas também lhe deu comida e água (1Reis 19:1-8). O próprio Jesus foi cuidado no deserto por anjos, depois do Seu longo jejum e da Sua grande batalha espiritual com Satanás (Mateus 4:11). Como gostaríamos de saber o que O disseram e como O ajudaram. 

Na verdade, as Escrituras nos dizem que todos os anjos são “espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação” (Hebreus 1:14). Embora enviados, permanecem em contato constante com o seu Rei; como Jesus disse, “estão sempre vendo a face de meu Pai celeste” (Mateus 18:10).

Nosso mundo está cheio destes mensageiros celestiais, no entanto algumas vezes podemos não os reconhecer. As Escrituras nos dizem: “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber alguns acolheram anjos.” (Hebreus 13:2)

Que interessante notar que este famoso comando é inserido entre dois outros, sobre amar os nossos semelhantes Cristãos, especialmente aqueles que são perseguidos: “Seja constante o amor fraternal… Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo.” (Hebreus 13:1-3)


Crédito da foto: Nael Hanna 2021 Retrato de Jesus


Este artigo foi originalmente publicado na Revista Fundo Barnabas