A Suprema Corte do Irã recusou o pedido de um novo julgamento para três Cristãos após os condenarem por “propaganda contrária e perturbar à santa religião do Islã”.

O pastor Iraniano Armênio da “casa igreja” Anooshavan Avedian, de 60 anos, foi condenado, em abril de 2022, a dez anos de prisão. Isso será em seguido, depois da sua libertação, por dez anos de “privações de direitos sociais” o que lhe imporá uma série de restrições, incluindo a limitação das suas opções de emprego.

Em maio, Anooshavan perdeu um apelo contra a sentença.

Maryam Mohammadi, Anooshavan Avedian e Abbas Soori, a direita. [Crédito de Imagem: Article18]

Ao mesmo tempo, a corte de apelação retirou uma ordem de dez anos de “privação de direitos sociais” contra dois membros da casa igreja de Anooshavan, os Cristãos convertidos Maryam Mohammadi e Abbas Soori, ambos na casa dos seus 40 anos de idade.

O tribunal, no entanto, sustentou que os dois deverão cumprir dois anos em exílio interno, fora da sua província natal de Teerã ou de qualquer outra província próxima. Também estão impedidos por dois anos de viajar para o exterior ou de se tornarem membros de qualquer grupo político ou social, e devem pagar uma multa de cerca de R$ 997,25 reais.

No dia 2 de agosto, Anooshavan e Abbas foram informados que seu pedido de novo julgamento foi recusado. O seu advogado, Iman Soleimani, disse que a Suprema Corte rejeitou o pedido de imediato, e que nem sequer tomaram um tempo para consultar os muitos documentos que ele forneceu.

Soleimani também condenou a recusa do tribunal, no dia 16 de julho, de um novo julgamento a Maryam, feita com base no fato de que a defesa falhou em apresentar novas provas para a corte de apelação.

O advogado disse que as mesmas provas foram novamente apresentadas porque ainda não tinham sido devidamente consideradas pela corte de apelação.

Anooshavan, Maryam e Abbas foram presos em agosto de 2020 quando membros do Ministério de Inteligência do Irã (MOIS da sigla em Inglês) invadiu a casa do pastor onde cerca de 18 Cristãos se reuniam para orar e cultuar.

Os três passaram vários dias na notória prisão Evin, em Teerã, e foram submetidos a tortura psicológica durante intensas sessões de interrogatório, antes de serem libertados.

Outros presentes na reunião foram interrogados pelo MOIS e muitos foram forçados a concordar em não participar de nenhuma outra reunião da casa igreja, ou de fazer qualquer contato com outros Cristãos.

Ore por Anooshavan, Maryam e Abbas e peça que eles continuem firmes sob julgamento, sabendo da coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam (Tiago 1.12). Peça que todos os Cristãos aprisionados por sua fé no Irã recebam a coragem para perseverar.